Como aprendemos na escola, segundo Darwin (1809-1882), toda a vida na Terra derivou de um organismo simples, desenvolvendo-se como uma árvore, a árvore da vida. Mas nem tudo foram flores para a teoria evolucionista. E uma nova batalha está começando.Com a publicação da Origem das Espécies em 1859, foi colocada a primeira dúvida do papel de Deus na criação do mundo como consta no Livro do Gênesis. Iniciou-se uma guerra contra esta teoria. Inclusive o primeiro professor a lecionar o evolucionismo nos EUA foi preso e multado. Mantinha-se o ensinamento que a existência de cada um deve-se a um milagre divino. No entanto, tratava-se de uma evidência científica e não um mero ataque à religião.
Passaram-se 60 anos até o evolucionismo aparecer nos livros escolares. Mas em 2004 descobrimos que esta ferida ainda não estava cicatrizada, com o início de um novo conflito, envolvendo novamente, Igreja e ciência.
Phillip Johnson, jurista e professor americano, acreditava que a teoria de Darwin era insuficiente para explicar algo tão complexo, sendo apenas o primeiro passo em busca da explicação definitiva da diversidade da vida. Johnson defende que não podemos fazer experimentos com o evolucionismo - e nem mesmo o criacionismo - concluindo que não se trata de verdadeira ciência, pois lhe falta o mais importante: o objeto para aplicação do método científico. Acreditava estar sozinho na sua visão da reformulação da teoria da evolução. Surpreendentemente, descobriu que não.
Na teoria darwiniana, os organismos complexos evoluiram dos simples, através da competição, a lei do mais forte. No entanto, há evidências na natureza que contradizem esta teoria. O Dr. Stephen Heyer e o Prof. Michael Behe analizaram o flagelo, um micróbio microscópico, e verificaram que esta criatura possui um mecanismo complexo, com mais de 50 partes interativas, diferindo-se de qualquer outro de sua espécie e do seu meio. Se uma destas partes não existisse, o conjunto não funcionaria. Descobriram que há uma grande dificuldade em desvendar, passo a passo, a evolução do flagelo para este mecanismo atual tão complexo. Então, concluíram que este flagelo não evoluiu, mas foi surgiu assim, por uma inteligência, criando a primeira parte da nova teoria: a Complexidade Irredutível, que verifica que as partes componentes dos seres são tão complexas que não surgiram simplesmente da evolução.
Em adição a estes pesquisadores, o matemático Prof. William Dembski, que também discordava da teoria evolucionista, calculou a possibilidade das chances do nosso DNA assumir a forma atual. Descobriu que este cálculo é matematicamente impossível, assim como a evolução. Para ele, algo mais deu forma à vida. Uma inteligência.
Existe, segundo estes cientistas, a evidência de um poder sobrenatural criador, mas baseado em ciência, não em religião. Assim nasceu a teoria do Design Inteligente. Hoje, em Seatttle, há um centro, o Discovery Institute , com mais de 4.700 ciencistas que possuem evidências que suportam a nova teoria. Já há, nos EUA, um planejamento estruturado para a divulgação global do Design Inteligente, adaptação cultural e ensino escolar. Segundo os autores, em cinco anos a teoria alcançaria a maturidade global.
Um comentário pertinente: cabe aqui lembrar o "motor não movido" do livro XII da Metafísica de Aristóteles, que afirma que todas as coisas possuem algo que as move, as impulsiona. E, se regredirmos nas origens deste movimento, chegaríamos ao movente supremo: Deus. Só que este Deus não poderia se mover juntamente com todas as coisas, por este motivo é conhecido como o "movente não movido".
Apenas no papado de João Paulo II que a Igreja tomou uma posição determinante a respeito da controvérsia entre o evolucionismo e o criacionismo. O Papa declarou que se tratam de idéias distintas, uma pertencente à ciência e a outra à fé. Parecia que o cessar fogo estava instituído.

Estaremos vivenciando uma nova revolução científica? Acredito que a ciência deve descer do seu trono e buscar, através das evidências que lhe são próprias, validar ou desacreditar esta teoria. Afinal, o que deve ser ensinado nas para as nossas crianças?
Nenhum comentário:
Postar um comentário