O conhecimento inicial do cosmos foi concebido com apenas com dois gravetos, uma lente de aumento, uma maçã e um espelho. E muito raciocínio! Acompanhem:
Os gravetos de Eratóstenes
Eratóstenes (276 – 194 a.C.), instigado pelos conhecimentos armazenados na Biblioteca de Alexandria, descobriu em um papiro que o Sol, ao atingir o meio-dia do solstício de verão (21 de junho no trópico de Câncer), iluminava completamente um poço na cidade de Siena, no sul do Egito. Matemático, astrônomo e geógrafo, sabia que na sua cidade, no mesmo dia e horário, uma sombra projetava-se das colunas na sua biblioteca. Instigado pela
curiosidade característica da humanidade, promoveu uma das primeiras experiências científicas: enviou um emissário de confiança para observar o poço naquela data enquanto ele media a sombra que se projetava das colunas. Visto que estas projetavam-se diferentemente em horários iguais, após possuir ambos dados, enviou escravos para calcular a distância de Siena até Alexandria, estimada em 925Km. Desta forma, calculou que o perímetro da Terra seria de 46.331 Km, apenas 185 Km menor que as dimensões reais.
A lente de aumento de Galileu
Ptolomeu, um século após a morte de Cristo, criou o sistema que prevaleceu por 1.500 anos, onde a Terra era o centro do universo. Tal observação foi tomada com júbilo pela Igreja, numa época em que as sagradas escrituras eram tomadas ao pé da letra. Copérnico, estudando e catalogando os movimentos dos objetos celestes, fez uma das mudanças mais importantes da história no sistema de Ptolomeu: colocou o Sol no centro do universo. A teoria heliocêntrica do sistema solar foi imediatamente rejeitada pela Igreja.
Galileu Galilei (1564 – 1642), cientista italiano, ousou publicar a teoria de Copérnico. Foi condenado pelo tribunal da inquisição a passar o resto de sua vida em prisão domiciliar, além de forçadamente obrigado a admitir que o geocentrismo era mais eficiente em explicar o cosmos.
Mas como apenas o corpo pode ser preso, a mente de Galileu continuou seu trabalho. Após descobrir uma invenção proveniente da Holanda, vendida como curiosidade nas ruas italianas: vidros que aumentavam em vinte vezes qualquer coisa que através deles fosse observado (tais lentes também foram o meio para a descoberta do mundo microbiológico). Galileu montou o primeiro telescópio e observou Mercúrio, Vênus, Marte e Júpiter. No entanto, o que mais lhe chamou a atenção foi a descoberta das luas de Júpiter: Como aqueles objetos se moviam ao redor de Júpiter e não da Terra? O heliocentrismo estava explícito.
Em 1992, 350 anos após a sua morte, foi absolvido pela Igreja Católica (!).
A maçã e o espelho de Newton.
Jovem prodígio, Newton descobriu o que nenhum dos sábios já citados conseguiram explicar, e que possa ter passado na cabeça de muitas crianças ao observarem um modelo do globo terrestre: Como as pessoas não caem da Terra? O que as mantém no chão? A lenda prega que uma maçã foi o catalisador para Isaac Newton (1642 – 1727) conceber a lei da gravidade universal.
Outra descoberta fundamental de Newton foi a adição de um espelho em 45º à luneta de Galileu, criando uma ferramenta 450 vezes mais poderosa, o telescópio.
A Navalha de Ockham
Quatro objetos simples, que sempre estiveram ao nosso alcance, favoreceram o início da exploração do homem ao cosmos. Este exemplo mostra que a intuição é o ponto de partida para o conhecimento do universo, muito bem resumida pelo princípio do filósofo medieval William de Ockham, conhecido como a “Navalha de Ockham”: "as entidades não devem ser multiplicadas além do necessário; a natureza é por si econômica e não se multiplica em vão", ou, adaptada à realidade atual: "se há várias explicações igualmente válidas para um fato, então devemos escolher a mais simples".
Os gravetos de Eratóstenes
Eratóstenes (276 – 194 a.C.), instigado pelos conhecimentos armazenados na Biblioteca de Alexandria, descobriu em um papiro que o Sol, ao atingir o meio-dia do solstício de verão (21 de junho no trópico de Câncer), iluminava completamente um poço na cidade de Siena, no sul do Egito. Matemático, astrônomo e geógrafo, sabia que na sua cidade, no mesmo dia e horário, uma sombra projetava-se das colunas na sua biblioteca. Instigado pela

A lente de aumento de Galileu
Ptolomeu, um século após a morte de Cristo, criou o sistema que prevaleceu por 1.500 anos, onde a Terra era o centro do universo. Tal observação foi tomada com júbilo pela Igreja, numa época em que as sagradas escrituras eram tomadas ao pé da letra. Copérnico, estudando e catalogando os movimentos dos objetos celestes, fez uma das mudanças mais importantes da história no sistema de Ptolomeu: colocou o Sol no centro do universo. A teoria heliocêntrica do sistema solar foi imediatamente rejeitada pela Igreja.
Galileu Galilei (1564 – 1642), cientista italiano, ousou publicar a teoria de Copérnico. Foi condenado pelo tribunal da inquisição a passar o resto de sua vida em prisão domiciliar, além de forçadamente obrigado a admitir que o geocentrismo era mais eficiente em explicar o cosmos.
Mas como apenas o corpo pode ser preso, a mente de Galileu continuou seu trabalho. Após descobrir uma invenção proveniente da Holanda, vendida como curiosidade nas ruas italianas: vidros que aumentavam em vinte vezes qualquer coisa que através deles fosse observado (tais lentes também foram o meio para a descoberta do mundo microbiológico). Galileu montou o primeiro telescópio e observou Mercúrio, Vênus, Marte e Júpiter. No entanto, o que mais lhe chamou a atenção foi a descoberta das luas de Júpiter: Como aqueles objetos se moviam ao redor de Júpiter e não da Terra? O heliocentrismo estava explícito.
Em 1992, 350 anos após a sua morte, foi absolvido pela Igreja Católica (!).
A maçã e o espelho de Newton.
Jovem prodígio, Newton descobriu o que nenhum dos sábios já citados conseguiram explicar, e que possa ter passado na cabeça de muitas crianças ao observarem um modelo do globo terrestre: Como as pessoas não caem da Terra? O que as mantém no chão? A lenda prega que uma maçã foi o catalisador para Isaac Newton (1642 – 1727) conceber a lei da gravidade universal.
Outra descoberta fundamental de Newton foi a adição de um espelho em 45º à luneta de Galileu, criando uma ferramenta 450 vezes mais poderosa, o telescópio.
A Navalha de Ockham
Quatro objetos simples, que sempre estiveram ao nosso alcance, favoreceram o início da exploração do homem ao cosmos. Este exemplo mostra que a intuição é o ponto de partida para o conhecimento do universo, muito bem resumida pelo princípio do filósofo medieval William de Ockham, conhecido como a “Navalha de Ockham”: "as entidades não devem ser multiplicadas além do necessário; a natureza é por si econômica e não se multiplica em vão", ou, adaptada à realidade atual: "se há várias explicações igualmente válidas para um fato, então devemos escolher a mais simples".
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