Mário Ferreira dos Santos foi um exímio filósofo brasileiro, produtor de uma vasta bibliografia com geniais sistemas próprios. É respeitado no meio, porém não se tornou popular, talvez pela complexidade de alguns temas. É dele a melhor definição, na minha opinião, do que é a filosofia e do que não é. Foi com sua ajuda que compus os parágrafos seguintes, amparando-me no livro “Filosofia e Cosmovisão”.
A filosofia não é ciência, nem arte e nem religião, pois a ciência sabe, a religião crê e a arte cria. A filosofia é um querer saber.
Não há ciência sem objeto e o objeto da ciência é o regional, o particular. Tem fronteiras definidas. A ciência é o conhecimento do finito por suas causas imanentes e não transcende o seu objeto.
Uma religião, racionalizada,deixa de ser uma fé, pois esta exige o pleno consentimento do espírito, independente de prova. É a aceitação que é possível penetrar no transobjetivo, no transcendental e no transinteligível pela fé, pela revelação imediata ou mediata.
Já a arte não quer saber, nem crer, mas criar. É a manifestação do homem como criador. A arte é a constante aproximação do homem ao seu ideal de beleza, concretizando-o, tornando-o real nas obras. Prova disso é que cada artista possui um estilo plenamente distinguível dos demais.
O que sobra é a filosofia.
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Um comentário:
Então... filoso cientificamente no seu blog.
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